domingo, 4 de outubro de 2009

Uma nova etiqueta para usar laptops em reuniões



"Em 1994, quando os PCs portáteis começaram a reduzir o seu peso de 7,5 quilos para os 2,5 quilos atuais, eu passei a levar o meu laptop para as reuniões na Microsoft. Meus colegas fizeram o mesmo. Era uma novidade. E tão útil...
Podíamos digitar nossas anotações. Conseguíamos obter informações diretamente dos nossos computadores em vez de carregarmos um monte de papéis ou termos de correr até o escritório para pegar um arquivo.
À medida que ficamos mais conectados e acostumados com a tecnologia, no entanto, começamos a nos concentrar em atividades que não tinham nada a ver com as reuniões. Líamos nossos e-mails se a discussão estivesse chata, checávamos as últimas notícias e até espiávamos o site da ESPN. Nos últimos anos, começamos até a trocar mensagens, como se fôssemos estudantes cochichando na aula. Enviávamos até piadas por mensageiros instantâneos para tentar provocar o riso de colegas.
Mas agora uma nova etiqueta surgiu. O site da Microsoft lista sete regras para o uso de laptops em reuniões, incluindo ‘Certifique-se de que há um motivo para usar a máquina’ e ‘Desligue barulhos e alertas’. Em reuniões cujo assunto é sensível, é mais respeitoso deixar os notebooks fechados. Mas, se os temas abordados não têm nada a ver comigo, não me sinto mal em apagar e-mails.
Nem tudo se resume a etiqueta, envio de mensagens e navegação na web. A tecnologia é realmente útil. Eu posso coletar dados na rede da empresa. Posso avisar minha mulher que vou me atrasar sem ter de sair da sala de reuniões e fazer uma ligação, ou responder à pergunta de um colega rapidamente. O mensageiro instantâneo permite que eu veja quem está disponível fora da sala para me enviar uma informação se eu precisar. Checar quem está online pelo PC é como botar a cabeça no corredor para ver quem está passando e pode ajudar.
Mas os laptops podem ser uma fonte de decepção se a maioria dos executivos mais experientes estiver mais concentrada na tela dos micros ou preocupada em digitar alguma coisa. O responsável pela apresentação tem de adivinhar se está sendo ouvido e entendido.
Hoje, o jeito mais discreto de checar e-mails, papear em um mensageiro instantâneo e acessar a web durante uma reunião é utilizando um celular de última geração. Os smartphones permitem que os insaciáveis por informação espiem as notícias ou enviem um e-mail sem chamar atenção. Só é preciso lembrar de desligar aquele toque com a música ‘Garota de Ipanema’.
* Dean Hachamovitch é executivo da Microsoft."

fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=449ASP012

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