Computação Corporativa
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Programação
(http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2010/07/08/o-que-voce-precisa-saber-para-sua-empresa-entrar-no-mundo-do-ipv6)
Por PC World/EUA
Publicada em 12 de julho de 2010 às 08h00
Versão mais atual do principal protocolo da
Internet resolve o gargalo representado pelo 'quarentão' IPv4; como
sempre, planejamento é a chave.
A Internet promete conectividade ilimitada. Mas, para essa
promessa virar realidade, é necessário que um computador ou
dispositivo conectado na rede encontre os outros por meio de um sistema comum de endereços.
O sistema atual de endereços
virtuais, fruto de desenvolvimento dos anos 70, está ficando lotado e há
um número reduzido de números à disposição. Para dar conta dessa contingência,
entra em ação o esquema de distribuição de endereços IP chamado de IPv6.
O que é o IPv6?Em 1981, os únicos computadores ligados na Internet eram
terminais de instituições de pesquisa militar. Ambientados em um mundo de 8
bits, os endereços IP de 32 bits do IPv4 significavam endereçamento praticamente ilimitado (4
bilhões de endereços) para a estrutura da época.
Ao avançar o filme até os dias de
hoje, vários milhões de usuários depois, chega-se próximo ao final da
disponibilidade de endereços. Em teoria, quando todos os IPs estiverem
ocupados será impossível conectar qualquer dispositivo novo na rede.
Há uma série de artifícios capaz de arrumar a casa e
possibilitar a existência da Internet seguindo o endereçamento atual.
Determinados provedores podem abrigar redes extensas sob um endereço IP público
único, usando o esquema NAT, comum em redes de pequenas empresas e
até na casa de quem usa um roteador wireless para dar acesso à rede para mais
de um computador.
Apesar de economizar endereços IP, essas manobras influenciam
no desempenho da rede. Em alguns países, principalmente nos em
desenvolvimento, os provedores estão realizando leilões de endereços IP no “paralelo”.
Endereços IPv4 são compostos por conjuntos de quatro números,
como 127.0.0.1. Isso é diferente de uma URL do tipo www.idgnow.com.br,
que é traduzido por
servidores do serviço de nomes de domínio (Domain Name System, ou DNS).
Uma única URL pode apontar para vários endereços IP, assim como
várias URLs podem estar direcionadas para um IP único.
Homologado em 1998 pela ICANN (Internet Corporation for
Assigned Names and Numbers – Corporação da Internet para designação de
nomes e números, em tradução livre do inglês), o IPv6 oferece um
endereçamento de
128 bits, o que literalmente expande a base de endereços para o
"modesto" volume
de 340 multiplicado por 10 elevado a 36.ª potência. isso permite
oferecer bilhões de IP para cada pessoa da Terra e vai desafogar
o crítico e iminente esgotamento de endereços IP.
Benefícios do IPv6O protocolo IPv6 abriga alguns itens de segurança. Como a
versão 4 do IP foi desenvolvida em uma época de poucos acessos à rede, ela foi
desenvolvida para uma rede “ingênua”. Já o IPv6, de caráter mais cínico,
realiza diversas verificações antes de sair conectando loucamente qualquer
endereço apresentado.
Os ataques chamados de Internet spoofing, por exemplo - aquele
em que o sujeito envia uma mensagem jurando que quem envia é outra entidade -, estão com os dias contados.
Baseados em conexões mais robustas e seguras, os roteadores
e firewalls da era IPv6 poderão oferecer maior proteção contra ataques
anônimos. E a proteção de dados confidenciais será maior do que se pode
ter hoje
em dia.
Outra característica do IP versão 6 será a segurança de
aplicativos essenciais, críticos. Entrada automatizada de pedidos e manutenção de contas de
clientes e parceiros por sistemas de gestão de relacionamento estão entre os recursos beneficiados pelo IPv6.
Por oferecer mais controle na maneira em que informações
são roteadas entre computadores, o IPv6 dá às empresas pequenas a oportunidade de
aumentar sua segurança e equiparar-se aos esquemas brutais anti-invasão instalados
em grandes corporações.
Aplicativos críticos, rich media, VPN e VoIP também irão
usufruir de maior segurança e robustez. Uma conversa via VoIP, por exemplo,
terá maior prioridade que um download ou acesso a qualquer outro arquivo.
Quem deve estar atento?
Às pequenas
e médias empresas com o mínimo de visão, essa alteração pode trazer
vários benefícios, principalmente no que se refere à segurança,
disponibilidade e performance de aplicativos. Esperar até o último
minuto vai acarretar investimentos de última hora em atualização de
equipamentos e transformar o que poderia ser um incremento na
funcionalidade dos negócios em um pesadelo da modernidade.
Anunciada há vários anos, a chegada da versão 6 do protocolo IP
continua a assombrar a perspectiva dos usuários e programadores da web. A
data final de sua implantação ainda está em branco nos calendários do
imprevisível mundo tecnológico. Determinadas localidades do mundo,
especialmente na Ásia, vêm liderando a migração, junto com outros
provedores de acesso.
O que parece inevitável é que, nos próximos dois anos, o IPv6 chegará.
Primeiros passosLembra do Y2K, a terrível passagem para o século XXI que acabaria
com todos os sistemas informatizados e faria as cidades mergulhar no caos? Então,
a maior parte do trabalho de adequação às imposições da nova era foi
assumida por fornecedores e provedores de acesso.
Pequenas empresas terão,
assim que o IPv6 começar a funcionar, que estar prontas em termos de software e
de equipamento. Estar pronto para essa mudança é tarefa a ser levada a sério. Isso irá
garantir que as tarefas essenciais atreladas ao funcionamento da web não parem.
Este trabalho também
vai dar a oportunidade, às companhias, de negociar a compra de soluções agora,
de maneira planejada e com margem para preços melhores; melhor que ter de
comprar “já, pelo amor de deus, não importa o preço”.
Faça uma lista de todos os componentes da rede atuais e
verifique a habilidade de eles interagirem com o IPv6. Fique atento. Existe fabricante
por aí anunciando equipamento com possibilidade de suporte a processos ligados
ao IPv6; dê preferência aos hardwares com suporte nativo.
No movimento migratório para o modelo IPv6, fique atento ao
provedor de acessos, à estrutura da rede, ao servidor e às estações de
trabalho.
De qualquer maneira a maior parte do trabalho pesado ficará a cargo
do provedor. Assim que este estiver pronto para o admirável mundo novo, as
estações de trabalho e o servidor irão embarcar de pronto na onda.
Os sistemas operacionais, como Windows, Linux, e Mac OS, já
estão prontos para trabalhar em redes IPv6. O Windows 7, por exemplo, já inclui
as configurações dessa modalidade de IP nas interfaces de rede. As questões
mais críticas estão localizadas em nível de infraestrutura de rede.
IPv6 na rede internaÀ medida que provedores de acesso começarem a oferecer
serviços e endereços no formato 6, justificar a adesão ao novo formato de endereçamento será bastante fácil.
Roteadores, switches, dispositivos de segurança, impressoras e aparelhos de fax
com menos de dois anos de idade provavelmente estão prontos para decifrar o
IPv6.
Se o equipamento tiver entre dois e cinco anos, talvez possa oferecer
suporte ao novo
esquema. Com hardware de cinco anos ou mais velho, a aderência ao IPv6
será bastante incerta, e a migração para o IPv6 será uma boa razão para
trocar de equipamento.
Infelizmente não existe um programa de certificação de hardware com adesivos do tipo “Pronto para o
IPv6”, o que demanda que você investigue, na documentação do fabricante, se o
hardware em questão “gosta” ou não de endereços IP com 128 bits. Realizar um
levantamento de atualizações de hardware ou de firmware é a sugestão do dia.
Se a infraestrutura ainda não estiver redonda para trabalhar
com o modelo 6 de IPs, o uso de protocolos de transição é uma saída
temporariamente possível. Há várias dessas “muletas” para usar;
6to4, Teredo, 6over4 e ISATAP são só algumas delas. Cada um dsses
programas,”embrulha”, por assim dizer, endereços que vêm em formato IPv6
em pacotes IPv4. Dada a
pouca estabilidade e segurança também limitada, essa muleta não deve ser
utilizada ad infinitum.
Vai logo, ou...Caso decida manter parte do
equipamento antigo, prepare-se para o dia em que ele não será mais capaz
de se integrar aos outros dispositivos da rede. Os formatos
de endereçamento são muito diferentes; equivale tentar ensinar libras a
um
Tamanduá-bandeira.
Quando sua empresa estiver pronta para o IPv6, você poderá usar
alguns sites para verificar se a conectividade está OK. Alguns casos de
teste são os sites da Google ipv6.google.com e ipv6.youtube.com. O teste
é simples: se você digitar "ipv6" antes de um nome de domínio (como
"google.com") e o site aparecer no navegador, então você tem
conectividade IPv6. Caso contrário, ainda haverá trabalho a ser feito.
Comece agora, faça um inventário, e elabore um plano para a
transição. Dessa forma, sua empresa estará preparada para tirar proveito
do IPv6, sem sofrer no processo.
(Curtis Franklin)
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