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Computação Corporativa > Armazenamento
Conheça a nova tecnologia de armazenamento chamada desduplicação
Sistema está levando empresas de armazenamento a disputas bilionárias, como a da NetApp pela Data Domain. Entenda como funciona.
Por quase um mês, duas das principais empresas do setor de armazenamento, as americanas EMC e NetApp, travaram uma verdadeira batalha por uma concorrente, a Data Domain, que, considerando seu tamanho, não deveria incomodar muito. Por trás dessa disputa, estava uma nova tecnologia que promete revolucionar o segmento: a desduplicação (do inglês deduplication para deduplicação).
O que torna a desduplicação tão especial é a capacidade de reduzir consideravelmente, o espaço necessário para armazenar dados. Por meio de algoritmos específicos, a tecnologia “divide” o dado em pacotes e elimina repetições. Dessa forma, arquivos com partes semelhantes não precisam ser gravados por completo.
Segundo a consultoria IDC, em ambientes replicados, como os de backup, o uso da tecnologia vem crescendo em ritmo acelerado. A pressão por aprimorar o uso da capacidade de armazenamento nas empresas deve também promover o uso da desduplicação em outros ambientes de armazenamento, inclusive de missão crítica.
Com o volume de informações sendo armazenadas exponencialmente - em 2008, o volume de informações digitais geradas no mundo cresceu 61%, chegando a 486,5 bilhões de GB, de acordo com dados de uma pesquisa feita pela IDC - as empresas estão buscando formas de adiar a necessidade de investimentos em espaço.
A tendência, segundo o gerente de produtos da EMC Ricardo Costa, é que o volume cresça ainda mais. “Cada vez mais processos estão sendo digitalizados”, diz. Outro motivo é que as corporações, por força de regulamentações, estão sendo obrigadas a guardar uma quantidade muito maior de dados. “Os call centers, por exemplo, hoje precisam gravar todas as ligações”, afirma Costa.
Usar a desduplicação, para a fabricante de hardware e de soluções de armazenamento HP, é uma forma de proteger os investimentos. Segundo a gerente de marketing da empresa, Andrea Corrêa, a tecnologia possibilita enormes reduções de custos e o uso de sistemas de backup em disco, mais eficientes do que as tradicionais fitas.
Como funciona
A desduplicação compara blocos de dados que estão sendo enviados para um dispositivo de backup com blocos de dados já armazenados no dispositivo. Quando encontra dados duplicados, em vez de gravar o arquivo por completo, a tecnologia cria uma indicação que fica gravada em um índice. No momento de recuperar o arquivo, o sistema recorre ao índice para encontrar as várias partes do arquivo.
Duas apresentações em Power Point, por exemplo, mesmo tendo conteúdos diferentes, possuem diversas semelhanças. Ao fazer o backup de um desses arquivos, com a desduplicação, apenas as partes específicas de cada apresentação serão gravadas. “O interessante é que, quanto maior for o número de arquivos, mais benefício a tecnologia traz, pois serão encontrados mais dados semelhantes”, diz Costa, da EMC.
Existem dois tipos de desduplicação. O primeiro, indicado para volumes menores de dados, é feito na origem, ou seja, quando o backup está sendo realizado. Segundo Andrea, da HP, a vantagem é a maior rapidez no processo como um todo. Mas, quando o volume de dados é muito grande, no caso de um data center, por exemplo, o mais indicado é a desduplicação no destino, feita após a transmissão das informações para o dispositivo de armazenamento.
Os sistemas de desduplicação vêm embarcados diretamente nos equipamentos e são diferentes em cada fornecedor. Isso significa que não é possível apenas agregar a funcionalidade na infraestrutura existente; é preciso adquirir novos equipamentos. Também não é possível utilizar a tecnologia de desduplicação de determinada empresa em equipamentos de outro fabricante.
A disputa pela Data Domain
No final de maio deste ano, a NetApp chegou a um acordo para a compra da Data Domain por 1,5 bilhão de dólares. Sediada na Califórnia, Estados Unidos, a empresa de 825 funcionários havia registrado um faturamento de 274 milhões de dólares em 2008.
Poucos dias depois, a EMC fez uma oferta de 1,8 bilhão de dólares pela mesma companhia. Disposta a não perder a disputa, a NetApp, em um esforço radical para as finanças da empresas, contra-atacou com uma proposta de 1,9 bilhão de dólares. Novamente a negociação foi dada como certa.
Mas, no início de julho, a EMC subiu a oferta para 2,1 bilhões de dólares. O montante, além de ser superior, envolvia apenas dinheiro, ao contrário da oferta da NetApp, que tem parte em dinheiro, parte em ações. Maior, a EMC fez valer o seu poder econômico.
Segundo Costa, em relação à tecnologia, o que faz a Data Domain tão atrativa para a EMC é a tecnologia de desduplicação no destino. “Eles (Data Domain) possuem soluções muito fortes no mercado de pequenas e médias empresas”, afirma o gerente.
Copyright 2009 Now!Digital Business Ltda. Todos os direitos reservados.
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Conheça a nova tecnologia de armazenamento chamada desduplicação
Sistema está levando empresas de armazenamento a disputas bilionárias, como a da NetApp pela Data Domain. Entenda como funciona.
Por quase um mês, duas das principais empresas do setor de armazenamento, as americanas EMC e NetApp, travaram uma verdadeira batalha por uma concorrente, a Data Domain, que, considerando seu tamanho, não deveria incomodar muito. Por trás dessa disputa, estava uma nova tecnologia que promete revolucionar o segmento: a desduplicação (do inglês deduplication para deduplicação).
O que torna a desduplicação tão especial é a capacidade de reduzir consideravelmente, o espaço necessário para armazenar dados. Por meio de algoritmos específicos, a tecnologia “divide” o dado em pacotes e elimina repetições. Dessa forma, arquivos com partes semelhantes não precisam ser gravados por completo.
Segundo a consultoria IDC, em ambientes replicados, como os de backup, o uso da tecnologia vem crescendo em ritmo acelerado. A pressão por aprimorar o uso da capacidade de armazenamento nas empresas deve também promover o uso da desduplicação em outros ambientes de armazenamento, inclusive de missão crítica.
Com o volume de informações sendo armazenadas exponencialmente - em 2008, o volume de informações digitais geradas no mundo cresceu 61%, chegando a 486,5 bilhões de GB, de acordo com dados de uma pesquisa feita pela IDC - as empresas estão buscando formas de adiar a necessidade de investimentos em espaço.
A tendência, segundo o gerente de produtos da EMC Ricardo Costa, é que o volume cresça ainda mais. “Cada vez mais processos estão sendo digitalizados”, diz. Outro motivo é que as corporações, por força de regulamentações, estão sendo obrigadas a guardar uma quantidade muito maior de dados. “Os call centers, por exemplo, hoje precisam gravar todas as ligações”, afirma Costa.
Usar a desduplicação, para a fabricante de hardware e de soluções de armazenamento HP, é uma forma de proteger os investimentos. Segundo a gerente de marketing da empresa, Andrea Corrêa, a tecnologia possibilita enormes reduções de custos e o uso de sistemas de backup em disco, mais eficientes do que as tradicionais fitas.
Como funciona
A desduplicação compara blocos de dados que estão sendo enviados para um dispositivo de backup com blocos de dados já armazenados no dispositivo. Quando encontra dados duplicados, em vez de gravar o arquivo por completo, a tecnologia cria uma indicação que fica gravada em um índice. No momento de recuperar o arquivo, o sistema recorre ao índice para encontrar as várias partes do arquivo.
Duas apresentações em Power Point, por exemplo, mesmo tendo conteúdos diferentes, possuem diversas semelhanças. Ao fazer o backup de um desses arquivos, com a desduplicação, apenas as partes específicas de cada apresentação serão gravadas. “O interessante é que, quanto maior for o número de arquivos, mais benefício a tecnologia traz, pois serão encontrados mais dados semelhantes”, diz Costa, da EMC.
Existem dois tipos de desduplicação. O primeiro, indicado para volumes menores de dados, é feito na origem, ou seja, quando o backup está sendo realizado. Segundo Andrea, da HP, a vantagem é a maior rapidez no processo como um todo. Mas, quando o volume de dados é muito grande, no caso de um data center, por exemplo, o mais indicado é a desduplicação no destino, feita após a transmissão das informações para o dispositivo de armazenamento.
Os sistemas de desduplicação vêm embarcados diretamente nos equipamentos e são diferentes em cada fornecedor. Isso significa que não é possível apenas agregar a funcionalidade na infraestrutura existente; é preciso adquirir novos equipamentos. Também não é possível utilizar a tecnologia de desduplicação de determinada empresa em equipamentos de outro fabricante.
A disputa pela Data Domain
No final de maio deste ano, a NetApp chegou a um acordo para a compra da Data Domain por 1,5 bilhão de dólares. Sediada na Califórnia, Estados Unidos, a empresa de 825 funcionários havia registrado um faturamento de 274 milhões de dólares em 2008.
Poucos dias depois, a EMC fez uma oferta de 1,8 bilhão de dólares pela mesma companhia. Disposta a não perder a disputa, a NetApp, em um esforço radical para as finanças da empresas, contra-atacou com uma proposta de 1,9 bilhão de dólares. Novamente a negociação foi dada como certa.
Mas, no início de julho, a EMC subiu a oferta para 2,1 bilhões de dólares. O montante, além de ser superior, envolvia apenas dinheiro, ao contrário da oferta da NetApp, que tem parte em dinheiro, parte em ações. Maior, a EMC fez valer o seu poder econômico.
Segundo Costa, em relação à tecnologia, o que faz a Data Domain tão atrativa para a EMC é a tecnologia de desduplicação no destino. “Eles (Data Domain) possuem soluções muito fortes no mercado de pequenas e médias empresas”, afirma o gerente.
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