7 de junho de 2009
Quais seriam hoje as tecnologias que moldam nosso mundo, no ensino, na aprendizagem, na pesquisa e nas aplicações mais criativas? A resposta a essa questão é dada por um dos mais prestigiosos estudos internacionais, o Relatório Horizon (Horizon Report), que seleciona seis tecnologias: mobilidade, computação em nuvem (cloud computing), geo-tudo (geo-everything), internet pessoal, aplicações semânticas e objetos inteligentes.
Elaborado de forma inteiramente colaborativa entre as organizações The New Consortium e a EduCause Learning Iniciative, o Horizon Report 2009 é um dos documentos mais interessantes sobre o futuro. Meu primeiro contato com esse estudo ocorreu por intermédio de Jean Paul Jacob (foto), professor e cientista brasileiro que leciona na Universidade de Berkeley, na Califórnia, e que é um dos integrantes do grupo de pesquisadores que elabora o Horizon Report. O documento está acessível no endereço http://horizon.nmc.org/wiki. É um bom exemplo de colaboração entre centenas de pesquisadores e cientistas.
As seis tecnologias foram consideradas tendências dominantes para os próximos cinco anos. A maior probabilidade é a da que obteve pleno consenso ou quase unanimidade de que seu impacto ocorrerá ainda em 2009. O segundo nível estima sua máxima efetividade em três anos. E o terceiro, em quatro ou cinco anos. Algumas tecnologias já estão amadurecidas e em pleno uso, como é o caso da mobilidade (celular) e da computação em nuvem (cloud computing).
Mobilidade – Embora seja uma tecnologia bastante madura, o celular continua a evoluir rapidamente. Novas interfaces, capacidade de rodar aplicações de terceiros e a possibilidade de localização a qualquer instante são avanços recentes que tornaram o celular uma ferramenta versátil que pode ser facilmente adaptada a um conjunto de tarefas, incluindo ensino, produtividade e redes sociais. Os smartphones mais recentes e sofisticados tendem a assumir o papel e as funções de computadores portáteis, a começar do iPhone.
Computação em nuvem (cloud computing) é o uso da internet como recurso mundial de computação. O mundo dispõe cada dia mais da capacidade de armazenamento das “fazendas de dados” (data farms), que são aglomerados de servidores em rede, capazes de fornecer imenso poder de processamento e fácil acesso. Soluções simples e baratas para armazenamento remoto, aplicações multiusuários, hospedagem e computação com multiprocessamento – tudo isso trará nova visão e novos conceitos sobre computadores, software e arquivos.
Geo-tudo é a tradução livre proposta para a expressão Geo-Everything, que se refere aos dados e às incontáveis aplicações de localização de pessoas e dispositivos. Difíceis e complicadas no passado, essas aplicações tornaram-se incrivelmente simples e fáceis nos últimos dois anos. Diversos dispositivos relativamente comuns podem hoje determinar e registrar com precisão sua própria localização (via GPS ou técnicas de triangulação de celular), salvar esses dados em mídia capturada (como fotografia) e transmiti-los via internet para um conjunto de usos.
Internet pessoal é parte de uma tendência resultante da ação de ferramentas que reúnem o fluxo de conteúdo em formas customizáveis e expandidas por um conjunto de widgets (interfaces gráficas) que administram o conteúdo online. A expressão internet pessoal foi cunhada para representar uma coleção de tecnologias usadas para configurar e gerenciar os modos que cada pessoa usa a internet.
Aplicações semânticas são ferramentas projetadas para usar o significado ou a semântica da informação na internet, para fazer conexões e prover respostas que, de outro modo, exigiriam longo tempo e grande esforço. A idéia que está por trás da web semântica é a de que, embora os dados online estejam disponíveis para a busca, seu significado não está. Os computadores são boas máquinas para nos dar o retorno de palavras-chave, mas muito ruins para entender o contexto no qual as palavras-chave são usadas. Diante da palavra turkey, o motor de busca pode nos dar respostas ligadas à ave (peru), a receitas de assados para o Natal, ou ao país (Turquia), sem fazer qualquer distinção entre os diferentes sentidos.
Objetos inteligentes são muitas vezes chamados de “internet das coisas” (internet of things). Objetos inteligentes abrangem um conjunto de tecnologias que podem conferir a objetos comuns a capacidade de reconhecer sua localização física e responder adequadamente ou conectar-se com outros objetos ou informação. Um objeto inteligente “sabe” alguma coisa sobre si mesmo – onde e como foi feito, para que é usado, onde deveria estar ou quem é seu dono, por exemplo – e alguma coisa também sobre seu ambiente. Embora as tecnologias que a eles estão subjacentes – identificação por radiofrequência (RFID), cartões inteligentes (smartcards), código de barras, sensores de toque e de movimento – não sejam novas, estamos vendo hoje novas formas de sensores, identificadores e aplicações com muito mais funcionalidades.
Quais seriam hoje as tecnologias que moldam nosso mundo, no ensino, na aprendizagem, na pesquisa e nas aplicações mais criativas? A resposta a essa questão é dada por um dos mais prestigiosos estudos internacionais, o Relatório Horizon (Horizon Report), que seleciona seis tecnologias: mobilidade, computação em nuvem (cloud computing), geo-tudo (geo-everything), internet pessoal, aplicações semânticas e objetos inteligentes.
Elaborado de forma inteiramente colaborativa entre as organizações The New Consortium e a EduCause Learning Iniciative, o Horizon Report 2009 é um dos documentos mais interessantes sobre o futuro. Meu primeiro contato com esse estudo ocorreu por intermédio de Jean Paul Jacob (foto), professor e cientista brasileiro que leciona na Universidade de Berkeley, na Califórnia, e que é um dos integrantes do grupo de pesquisadores que elabora o Horizon Report. O documento está acessível no endereço http://horizon.nmc.org/wiki. É um bom exemplo de colaboração entre centenas de pesquisadores e cientistas.
As seis tecnologias foram consideradas tendências dominantes para os próximos cinco anos. A maior probabilidade é a da que obteve pleno consenso ou quase unanimidade de que seu impacto ocorrerá ainda em 2009. O segundo nível estima sua máxima efetividade em três anos. E o terceiro, em quatro ou cinco anos. Algumas tecnologias já estão amadurecidas e em pleno uso, como é o caso da mobilidade (celular) e da computação em nuvem (cloud computing).
Mobilidade – Embora seja uma tecnologia bastante madura, o celular continua a evoluir rapidamente. Novas interfaces, capacidade de rodar aplicações de terceiros e a possibilidade de localização a qualquer instante são avanços recentes que tornaram o celular uma ferramenta versátil que pode ser facilmente adaptada a um conjunto de tarefas, incluindo ensino, produtividade e redes sociais. Os smartphones mais recentes e sofisticados tendem a assumir o papel e as funções de computadores portáteis, a começar do iPhone.
Computação em nuvem (cloud computing) é o uso da internet como recurso mundial de computação. O mundo dispõe cada dia mais da capacidade de armazenamento das “fazendas de dados” (data farms), que são aglomerados de servidores em rede, capazes de fornecer imenso poder de processamento e fácil acesso. Soluções simples e baratas para armazenamento remoto, aplicações multiusuários, hospedagem e computação com multiprocessamento – tudo isso trará nova visão e novos conceitos sobre computadores, software e arquivos.
Geo-tudo é a tradução livre proposta para a expressão Geo-Everything, que se refere aos dados e às incontáveis aplicações de localização de pessoas e dispositivos. Difíceis e complicadas no passado, essas aplicações tornaram-se incrivelmente simples e fáceis nos últimos dois anos. Diversos dispositivos relativamente comuns podem hoje determinar e registrar com precisão sua própria localização (via GPS ou técnicas de triangulação de celular), salvar esses dados em mídia capturada (como fotografia) e transmiti-los via internet para um conjunto de usos.
Internet pessoal é parte de uma tendência resultante da ação de ferramentas que reúnem o fluxo de conteúdo em formas customizáveis e expandidas por um conjunto de widgets (interfaces gráficas) que administram o conteúdo online. A expressão internet pessoal foi cunhada para representar uma coleção de tecnologias usadas para configurar e gerenciar os modos que cada pessoa usa a internet.
Aplicações semânticas são ferramentas projetadas para usar o significado ou a semântica da informação na internet, para fazer conexões e prover respostas que, de outro modo, exigiriam longo tempo e grande esforço. A idéia que está por trás da web semântica é a de que, embora os dados online estejam disponíveis para a busca, seu significado não está. Os computadores são boas máquinas para nos dar o retorno de palavras-chave, mas muito ruins para entender o contexto no qual as palavras-chave são usadas. Diante da palavra turkey, o motor de busca pode nos dar respostas ligadas à ave (peru), a receitas de assados para o Natal, ou ao país (Turquia), sem fazer qualquer distinção entre os diferentes sentidos.
Objetos inteligentes são muitas vezes chamados de “internet das coisas” (internet of things). Objetos inteligentes abrangem um conjunto de tecnologias que podem conferir a objetos comuns a capacidade de reconhecer sua localização física e responder adequadamente ou conectar-se com outros objetos ou informação. Um objeto inteligente “sabe” alguma coisa sobre si mesmo – onde e como foi feito, para que é usado, onde deveria estar ou quem é seu dono, por exemplo – e alguma coisa também sobre seu ambiente. Embora as tecnologias que a eles estão subjacentes – identificação por radiofrequência (RFID), cartões inteligentes (smartcards), código de barras, sensores de toque e de movimento – não sejam novas, estamos vendo hoje novas formas de sensores, identificadores e aplicações com muito mais funcionalidades.
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