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AVATAR - Filme promete ser um divisor de águas
Este ano deve ficar marcado na história do cinema como o ano em que Hollywood abraçou de vez o 3D. Muitos são os títulos programados, inclusive alguns dos mais esperados, como Era do Gelo 3 e Avatar (primeiro longa do diretor James Cameron desde Titanic). O primeiro filme 3D do ano, por sinal, já estreou. Trata-se da animação Bolt, sobre um cão que pensa ter superpoderes. É apenas o começo.
O ano reserva a estreia no formato das gigantes Dreamworks (Shrek) e Pixar (Nemo). A primeira chega em abril com Monstros vs. Alienígenas, sobre uma menina gigante que luta ao lado de monstros contra uma invasão alien. Já a segunda lança em junho Up, com a história de um senhor que resolve amarrar bexigas à sua casa e sair voando.
Mas não é só de desenhos que se faz o futuro 3D do cinema. Em março chega o terror Dia dos Namorados Macabros. E em maio Jonas Brothers 3D, com um show da popular banda.
Muitos outros títulos estão em produção. Entre eles: Shrek 4 e Toy Story 3, previstos para 2010. Além da adaptação das histórias de Tintim para a telona e a conversão das sagas Guerra nas Estrelas e O Senhor dos Anéis.
Em meio à batelada de filmes 3D surge uma dúvida: produções sucessivas no formato manterão o interesse do público? A resposta parece óbvia. Assim como qualquer artifício, o 3D de nada adianta se o filme não tiver outras qualidades – o que talvez explique a ausência de um grande sucesso entre as obras em 3D já lançadas.
Para alguns especialistas, como o diretor James Cameron (envolvido na criação desse novo 3D), a questão é mais embaixo. Para ele, no futuro todos os filmes serão feitos no formato. Cameron não vê motivo para que isso não aconteça, da mesma forma que todos os filmes hoje são sonorizados e em cores. Será?
E pensar que nos anos 20 Harry, um dos irmãos Warner, ironizou o cinema falado. “Por que alguém iria ao cinema ver um ator falar?”
Segredo do 3D é usar óculos para enganar o cérebro
Tudo ocorre graças ao córtex visual no cérebro que está habituado a combinar as imagens captadas pelos nossos olhos, cada uma de um ponto de vista. Para entender melhor: aponte para um objeto distante e com o dedo em riste compare as imagens que enxerga com cada olho. Essa diferença é a informação que o córtex usa para criar a noção de profundidade do que enxergamos. No novo 3D, são usadas duas câmeras separadas pela mesma distância dos nossos olhos. Aí, quando essas duas imagens são projetadas na tela, os óculos de lentes polarizadas garantem que cada olho enxergue apenas uma das imagens. Ao combiná-las, o córtex visual cria o efeito 3D. Simples, não?
A evolução do cinema
O cinema passou por muitas transformações nos seus mais de 113 anos. De alguma forma pode-se resumir essa história em uma busca – talvez eterna – por surpreender e encantar a plateia, assim como os irmãos Lumière, em 1895:
Década de 20 O Cantor de Jazz, de 1927, é o primeiro filme falado.
Década de 30 Vaidade e Beleza, de 1935, marca a chegada da cor no cinema.
Década de 50 em diante Com a ascensão da TV, os estúdios investiram pesado em sagas espetaculares e uma série de inovações tecnológicas. Veja as principais:
CinemaScope: introduziu o formato “widescreen” hoje padrão nos cinemas de todo o mundo.
Cinerama: versão mais elaborada e complexa do CinemaScope. Empregava três projetores para exibir cenas panorâmicas em telas imensas.
3D: o efeito era meio tosco e o uso prolongado dos óculos provocava dor de cabeça.
Smell-o-vision: liberava aromas durante a projeção para acompanhar o banquete visual.
Década de 90 Toy Story, de 1995, foi o primeiro filme feito inteiramente em computador.
Anos 2000 Star Wars: Ataque dos Clones, o primeiro da ‘nova’ série de George Lucas, em 2002, foi inteiramente captado em suporte digital, sem película; e Viagem ao Centro da Terra, de 2008, foi o primeiro filme com atores rodado no novo digital 3D.
As diferenças do 3D
O 'velho' 3D Os filmes eram feitos em 2D e depois cada quadro ganhava de forma alternada as cores azul ou vermelha. Assim, ao colocar aqueles óculos de papelão com lentes de celofane, o espectador via apenas um quadro por vez. Cabia ao córtex visual no cérebro combinar essas duas imagens criando o efeito 3D. O problema do sistema é que ele não reproduzia as imagens com cores fieis e boa parte do público ficava com dor de cabeça e insatisfeito com a experiência. Além de tudo isso, as produções no formato eram em geral bastante modestas.
O 'novo' 3D Nos filmes com atores,como Viagem ao Centro da Terra e Avatar, um sistema especial com duas câmeras digitais, chamado Fusion 3D, é usado – assim a filmagem já é feita em três dimensões. Já as animações são sempre produzidas em três dimensões, o que facilita sua adaptação para o formato 3D. Outra grande diferença está na projeção digital: a imagem sai do projetor a 144 quadros por segundo (sete vezes mais rápido do que o modelo analógico).
São duas imagens projetadas na tela ao mesmo tempo, de forma a serem exibidas sincronizadamente. O resultado impressiona pela claridade (o truque aqui são telas especiais com um efeito prateado) e a qualidade. E nada de dor de cabeça.
O ano reserva a estreia no formato das gigantes Dreamworks (Shrek) e Pixar (Nemo). A primeira chega em abril com Monstros vs. Alienígenas, sobre uma menina gigante que luta ao lado de monstros contra uma invasão alien. Já a segunda lança em junho Up, com a história de um senhor que resolve amarrar bexigas à sua casa e sair voando.
Mas não é só de desenhos que se faz o futuro 3D do cinema. Em março chega o terror Dia dos Namorados Macabros. E em maio Jonas Brothers 3D, com um show da popular banda.
Muitos outros títulos estão em produção. Entre eles: Shrek 4 e Toy Story 3, previstos para 2010. Além da adaptação das histórias de Tintim para a telona e a conversão das sagas Guerra nas Estrelas e O Senhor dos Anéis.
Em meio à batelada de filmes 3D surge uma dúvida: produções sucessivas no formato manterão o interesse do público? A resposta parece óbvia. Assim como qualquer artifício, o 3D de nada adianta se o filme não tiver outras qualidades – o que talvez explique a ausência de um grande sucesso entre as obras em 3D já lançadas.
Para alguns especialistas, como o diretor James Cameron (envolvido na criação desse novo 3D), a questão é mais embaixo. Para ele, no futuro todos os filmes serão feitos no formato. Cameron não vê motivo para que isso não aconteça, da mesma forma que todos os filmes hoje são sonorizados e em cores. Será?
E pensar que nos anos 20 Harry, um dos irmãos Warner, ironizou o cinema falado. “Por que alguém iria ao cinema ver um ator falar?”
Segredo do 3D é usar óculos para enganar o cérebro
Tudo ocorre graças ao córtex visual no cérebro que está habituado a combinar as imagens captadas pelos nossos olhos, cada uma de um ponto de vista. Para entender melhor: aponte para um objeto distante e com o dedo em riste compare as imagens que enxerga com cada olho. Essa diferença é a informação que o córtex usa para criar a noção de profundidade do que enxergamos. No novo 3D, são usadas duas câmeras separadas pela mesma distância dos nossos olhos. Aí, quando essas duas imagens são projetadas na tela, os óculos de lentes polarizadas garantem que cada olho enxergue apenas uma das imagens. Ao combiná-las, o córtex visual cria o efeito 3D. Simples, não?
A evolução do cinema
O cinema passou por muitas transformações nos seus mais de 113 anos. De alguma forma pode-se resumir essa história em uma busca – talvez eterna – por surpreender e encantar a plateia, assim como os irmãos Lumière, em 1895:
Década de 20 O Cantor de Jazz, de 1927, é o primeiro filme falado.
Década de 30 Vaidade e Beleza, de 1935, marca a chegada da cor no cinema.
Década de 50 em diante Com a ascensão da TV, os estúdios investiram pesado em sagas espetaculares e uma série de inovações tecnológicas. Veja as principais:
CinemaScope: introduziu o formato “widescreen” hoje padrão nos cinemas de todo o mundo.
Cinerama: versão mais elaborada e complexa do CinemaScope. Empregava três projetores para exibir cenas panorâmicas em telas imensas.
3D: o efeito era meio tosco e o uso prolongado dos óculos provocava dor de cabeça.
Smell-o-vision: liberava aromas durante a projeção para acompanhar o banquete visual.
Década de 90 Toy Story, de 1995, foi o primeiro filme feito inteiramente em computador.
Anos 2000 Star Wars: Ataque dos Clones, o primeiro da ‘nova’ série de George Lucas, em 2002, foi inteiramente captado em suporte digital, sem película; e Viagem ao Centro da Terra, de 2008, foi o primeiro filme com atores rodado no novo digital 3D.
As diferenças do 3D
O 'velho' 3D Os filmes eram feitos em 2D e depois cada quadro ganhava de forma alternada as cores azul ou vermelha. Assim, ao colocar aqueles óculos de papelão com lentes de celofane, o espectador via apenas um quadro por vez. Cabia ao córtex visual no cérebro combinar essas duas imagens criando o efeito 3D. O problema do sistema é que ele não reproduzia as imagens com cores fieis e boa parte do público ficava com dor de cabeça e insatisfeito com a experiência. Além de tudo isso, as produções no formato eram em geral bastante modestas.
O 'novo' 3D Nos filmes com atores,como Viagem ao Centro da Terra e Avatar, um sistema especial com duas câmeras digitais, chamado Fusion 3D, é usado – assim a filmagem já é feita em três dimensões. Já as animações são sempre produzidas em três dimensões, o que facilita sua adaptação para o formato 3D. Outra grande diferença está na projeção digital: a imagem sai do projetor a 144 quadros por segundo (sete vezes mais rápido do que o modelo analógico).
São duas imagens projetadas na tela ao mesmo tempo, de forma a serem exibidas sincronizadamente. O resultado impressiona pela claridade (o truque aqui são telas especiais com um efeito prateado) e a qualidade. E nada de dor de cabeça.
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