domingo, 4 de outubro de 2009

O que fazer quando o Wi-Fi falhar?

Paredes grossas, elevadores, geladeiras, eletrodomésticos e até canos d’água podem interferir na cobertura


segunda-feira, 6 de abril de 2009
por
Jocelyn Auricchio
Você finalmente decidiu entrar no mundo Wi-Fi. A promessa na caixa do roteador que comprou é clara: “internet sem fios por toda a casa”. Você liga o aparelho, segue as recomendações do manual – quem diria, você realmente leu o manual! – e usa o CD de instalação do aparelho.

Tudo configurado, o cabo de rede do modem espetado e pronto: agora você tem uma rede sem fios. Todo animado, sai pela casa para ver se a rede pega em todo lugar. Notebook em mãos, a triste constatação: o sinal mal passa da sala onde o roteador está instalado.
O que saiu errado?

Não dá para escolher apenas um culpado. Uma série de fatores interfere negativamente no alcance do sinal de Wi-Fi. Desde coisas corriqueiras e controláveis, como aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos, a fatores mais complicados, como elevadores e canos d’água.

“Tive tanta dor de cabeça que quase desisti...”, conta o técnico em informática Mario Vizcaya, de 28 anos. Mesmo com um bom conhecimento de tecnologia, ele penou para conseguir fazer o sinal de internet alcançar toda a sua casa. “Primeiro, comprei um roteador de marca famosa e não adiantou. Como a antena de maior potência era cara demais, deixei ele de lado. Depois, comprei um mais barato e coloquei uma antena melhor. Perdi dinheiro, mas ficou ótima a recepção.”

A culpa, na maioria das vezes, não é do equipamento. O mal recai, invariavelmente, sobre as interferências que o sinal sofre em sua transmissão.

“O sinal de Wi-Fi nada mais é que o bom e velho rádio de Marconi, que transfere informações digitais numa frequência de 2,4 GHz”, explica Marcos Oliveira, de 39 anos, analista de TI da IK1, uma empresa que vende soluções de rede e tecnologia de conectividade. “Campos magnéticos, elétricos, outros roteadores, tudo isso pode gerar interferências indesejáveis.”

Para Marcos, é fundamental que, quando encontrado algum problema de conectividade, o usuário procure extrair o melhor de seu equipamentos. Se tudo falhar, sugere a ajuda de um profissional para evitar gastos à toa. “Tem vezes que a simples mudança do canal de transmissão do roteador ameniza ou resolve o problema. É importante ler o manual por causa disso”, completa ele.

A disposição do imóvel onde o roteador é instalado também interfere diretamente no desempenho da rede. “A disposição das paredes e até escadas pode formar um verdadeiro túnel, que impede que o sinal vá mais longe”, esclarece Diogo Superbi, engenheiro de vendas da Cisco/Linksys, fabricante de roteadores para consumidores finais e empresas.

Nesses casos, ele recomenda o uso de roteadores compatíveis com a banda N. “Eles são melhores que a banda G, pois vão mais longe e oferecem melhor velocidade na transferência de arquivos.”

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