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Muitos clientes e usuários finais têm expectativas erradas em relação ao custo do licenciamento de configurações de desktop hospedados virtualmente.
O gerenciamento efetivo de propriedade de software, o planejamento de gastos e o gerenciamento financeiro costumam custar mais do que se imagina.
CONSIDERAÇÕES
Clientes corporativos continuam se frustrando com o fato de que licenças de desktop não podem ser reduzidas por configurações de desktop hospedados virtualmente (da sigla em inglês HVD). Expectativas exageradas frequentemente são resultado de uma compreensão equivocada das mensagens de marketing dos fornecedores.
Esse mito corre o risco de se tornar uma teoria da conspiração – os clientes tendem a posteriormente ter problemas em auditorias de software ou a terceirizar desktops na nuvem. Suspeitamos que muitas implantações de HVD são inadequadamente licenciadas.
ANÁLISE
Muitos clientes acreditam que o HVD vai reduzir o custo total de propriedade (da sigla em inglês TCO) e será mais barato na hora de licenciar, porque podem usar edições de Datacenter do Windows Server 2008. Essa ideia leva a frustrações porque cada dispositivo de acesso precisa ser licenciado para aplicações do desktop, além de haver uma taxa de 23 dólares anuais pela assinatura do Virtual Enterprise Centralized Desktop (VECD) para o sistema operacional Windows com Software Assurance (SA) ou uma taxa de 110 dólares de VECD para a opção sem SA.
O site da VMware afirma que “a diminuição do espaço de armazenamento necessário e dos gastos com administração do desktop pode chegar a 70%”. Exemplos oferecidos omitem licenças de aplicação e destacam economias de TCO em cinco anos, principalmente com suporte de gerenciamento de desktop, de energia e resfriamento.
A Citrix colocou no mercado o XenDesktop 4 o caracterizando como “o único produto da indústria a dar suporte a quaisquer modelos de virtualização de desktop de grande porte”. Convergir modelos de virtualização como um desktop remoto, streaming e HVD pode gerar no médio prazo custos de licenciamento de desktop maiores, embora a Citrix tenha publicado uma estimativa de retorno do investimento (da sigla em inglês ROI) baseada apenas no número de aplicações do desktop, de usuários e de anos de vida útil do PC.
O site da Microsoft afirma claramente que a infraestrutura de um desktop virtual (VDI) “não reduz os gastos com o desktop, porque pode representar um grande investimento posterior em infraestrutura, incluindo hardware, software, espaço para armazenamento e rede. E, a menos que a escolha seja feita para aprimorar o gerenciamento básico de desktop e processos de implementação, optar pelo VDI para implantação de desktop não significa diminuir o custo total de propriedade (TCO).”
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
A virtualização de servidores criou uma grande expectativa de redução de custos por meio de sistemas de consolidação subutilizados. Menos sistemas representam menos licenças, porém não é tão fácil quanto parece no caso dos desktops. Expectativas equivocadas em relação à economia com licenciamento de software podem ser exageradas. Muitos usuários corporativos, e até técnicos, erroneamente acreditam que uma licença só é necessária para o servidor ou para cada usuário conectado, ou então que cada licença pode ser compartilhada por vários usuários. Esses são enganos. Para o Windows e para aplicações de desktop, as licenças de HVD são baseadas nos dispositivos que os usuários acessam. Há fornecedores que licenciam aplicações de desktop de forma parecida.
O atual Product Use Rights (PUR) da Microsoft explica detalhadamente como as aplicações de desktop são licenciadas pelos dispositivos de acesso e não pelos dispositivos a partir dos quais elas são fornecidas. Só o Service Provider Use Rights (SPUR) da Microsoft garante aos usuários finais uma licença para as aplicações das quais são assinantes. Aplicações de desktop de outros fornecedores também são licenciadas pelos dispositivos, não pelos usuários. Empresas de TI, portanto, precisam autenticar o dispositivo de ponto final, não o usuário, para assegurar que possui uma licença válida. Tecnologias que autenticam o dispositivo de ponto final são mais comuns no mercado de telecomunicações e de provisão de serviços. O respeito às licenças continua sendo uma questão relevante para os clientes.
Eles não devem se basear nas estimativas de custo dos fornecedores, mas sim planejar e gerenciar os gastos efetivos por meio de um gerenciamento de bens de TI eficaz, enquanto avaliam se os gastos ainda são competitivos com serviços externos.
O gerenciamento efetivo de propriedade de software, o planejamento de gastos e o gerenciamento financeiro costumam custar mais do que se imagina.
CONSIDERAÇÕES
Clientes corporativos continuam se frustrando com o fato de que licenças de desktop não podem ser reduzidas por configurações de desktop hospedados virtualmente (da sigla em inglês HVD). Expectativas exageradas frequentemente são resultado de uma compreensão equivocada das mensagens de marketing dos fornecedores.
Esse mito corre o risco de se tornar uma teoria da conspiração – os clientes tendem a posteriormente ter problemas em auditorias de software ou a terceirizar desktops na nuvem. Suspeitamos que muitas implantações de HVD são inadequadamente licenciadas.
ANÁLISE
Muitos clientes acreditam que o HVD vai reduzir o custo total de propriedade (da sigla em inglês TCO) e será mais barato na hora de licenciar, porque podem usar edições de Datacenter do Windows Server 2008. Essa ideia leva a frustrações porque cada dispositivo de acesso precisa ser licenciado para aplicações do desktop, além de haver uma taxa de 23 dólares anuais pela assinatura do Virtual Enterprise Centralized Desktop (VECD) para o sistema operacional Windows com Software Assurance (SA) ou uma taxa de 110 dólares de VECD para a opção sem SA.
O site da VMware afirma que “a diminuição do espaço de armazenamento necessário e dos gastos com administração do desktop pode chegar a 70%”. Exemplos oferecidos omitem licenças de aplicação e destacam economias de TCO em cinco anos, principalmente com suporte de gerenciamento de desktop, de energia e resfriamento.
A Citrix colocou no mercado o XenDesktop 4 o caracterizando como “o único produto da indústria a dar suporte a quaisquer modelos de virtualização de desktop de grande porte”. Convergir modelos de virtualização como um desktop remoto, streaming e HVD pode gerar no médio prazo custos de licenciamento de desktop maiores, embora a Citrix tenha publicado uma estimativa de retorno do investimento (da sigla em inglês ROI) baseada apenas no número de aplicações do desktop, de usuários e de anos de vida útil do PC.
O site da Microsoft afirma claramente que a infraestrutura de um desktop virtual (VDI) “não reduz os gastos com o desktop, porque pode representar um grande investimento posterior em infraestrutura, incluindo hardware, software, espaço para armazenamento e rede. E, a menos que a escolha seja feita para aprimorar o gerenciamento básico de desktop e processos de implementação, optar pelo VDI para implantação de desktop não significa diminuir o custo total de propriedade (TCO).”
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
A virtualização de servidores criou uma grande expectativa de redução de custos por meio de sistemas de consolidação subutilizados. Menos sistemas representam menos licenças, porém não é tão fácil quanto parece no caso dos desktops. Expectativas equivocadas em relação à economia com licenciamento de software podem ser exageradas. Muitos usuários corporativos, e até técnicos, erroneamente acreditam que uma licença só é necessária para o servidor ou para cada usuário conectado, ou então que cada licença pode ser compartilhada por vários usuários. Esses são enganos. Para o Windows e para aplicações de desktop, as licenças de HVD são baseadas nos dispositivos que os usuários acessam. Há fornecedores que licenciam aplicações de desktop de forma parecida.
O atual Product Use Rights (PUR) da Microsoft explica detalhadamente como as aplicações de desktop são licenciadas pelos dispositivos de acesso e não pelos dispositivos a partir dos quais elas são fornecidas. Só o Service Provider Use Rights (SPUR) da Microsoft garante aos usuários finais uma licença para as aplicações das quais são assinantes. Aplicações de desktop de outros fornecedores também são licenciadas pelos dispositivos, não pelos usuários. Empresas de TI, portanto, precisam autenticar o dispositivo de ponto final, não o usuário, para assegurar que possui uma licença válida. Tecnologias que autenticam o dispositivo de ponto final são mais comuns no mercado de telecomunicações e de provisão de serviços. O respeito às licenças continua sendo uma questão relevante para os clientes.
Eles não devem se basear nas estimativas de custo dos fornecedores, mas sim planejar e gerenciar os gastos efetivos por meio de um gerenciamento de bens de TI eficaz, enquanto avaliam se os gastos ainda são competitivos com serviços externos.
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Comentários
- O colega Erik comentou corretamente, e eu adicionaria o fato de que a aquisição, controle, atualização e descarte de hardware pode ser mais cara do que se pensa, e a virtualização acaba por compensar. Atualizações e upgrades seriam mais rápidas (ciclos de compras) e poderiam ser revertidas a qualquer momento (demandas variáveis ou sazonais, por exemplo). Energia elétrica e outros benefícios completariam a lista de vantagens.
enviado por: Nestor Nogueira de Albuquerque em 08/02/2010 - 20:25 - Acredito que uma avaliação de TCO envolve muito mais do que apenas o custo de licenciamento Microsoft, Vmware ou CITRIX. No meu ponto de vista o principal benefício de consolidar as imagens dos desktops no datacenter da empresa está ligado a redução no suporte técnico (uma vez que centralizado é feito em poucas imagens e com muita agilidade), facilidade para atualizações e flexibilidade de acesso (em qualquer disposito). Aumenta a segurança das informações sem dúvida e oferece um controle maior do recurso, principalmente para empresas que seguem normas de compliance. Com a solução CITRIX por exemplo sei que fazem Provisionamento de imagens, o que proporciona grande redução de espaço em disco. Na minha opinião pessoal é uma forte tendência para o futuro e para muitas empresas o TCO será comprovado.
enviado por: Erick Santos em 28/01/2010 - 16:12 - Já eu fui num evento promovido pela Add Value em Setembro passado e me mostraram, com planilhas e especialistas que a virtualização de Desktop parece ser uma boa opção, talvez não pela ótica de licenciamento, mas mais pelo seu TCO sem dúvida. Os exemplos devem ser aplicados em cada caso e de empresa para empresa, somente aí poderemos afirmar que é mais caro.
enviado por: Christian Buhr em 27/01/2010 - 14:48 - Muito boa a matéria. O interessante é que esse aspecto, como sempre, não ficou claro. Eu mesmo assisti a uma palestra da Sisnema sobre virtualização no Unilasalle/Canoas e o que foi apresentado para nós pela Sisnema é que virtualização é tudo de bom, só tem aspectos positivos e que, num futuro próximo a grande maioria das empresas estariam operando "nas nuvens" devido a redução de custos. Imagino que, com a virtulização, a redução de custos se dê com a utilização de recursos ociosos em servidores (ex: um hardware comportando 3 OS em máquinas virtuais), com energia elétrica e administração cetralizada.
enviado por: Michel V. Ramos em 26/01/2010 - 13:03 - fonte:
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