sábado, 16 de janeiro de 2010

Crackers mostram que grampear celular GSM é mais fácil do que se pensa


(http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2009/12/29/crackers-mostram-que-grampear-celular-gsm-e-mais-facil-do-que-se-pensa)
Por Computerworld/EUA
Publicada em 29 de dezembro de 2009 às 11h36
Atualizada em 29 de dezembro de 2009 às 11h47
Com 30 mil dólares em hardware de computador e algumas ferramentas gratuitas de código aberto, pesquisadores conseguiram quebrar sigilo.

Os celulares que utilizam o modelo de comunicação GSM, usados pela maioria das pessoas no mundo, podem ser grampeados com apenas alguns milhares dólares de hardware e algumas ferramentas gratuitas e com código aberto, segundo pesquisadores de segurança de computadores.

Em uma apresentação realizada nesta semana na Chaos Communication Conference em Berlim,  na Alemanha, o pesquisador Karsten Nohl disse ter compilado 2 terabytes de dados que podem ser usados como um tipo de agenda telefônica reversa para identificar a chave de codificação utilizada para preservar o sigilo de conversas ou mensagens de texto em uma linha GSM.

A falha está no algoritmo de codificação usado pela maioria das operadoras. É uma cifra de 64 bits chamada A5/1 e é simplesmente muito fraca, segundo Nohl. Usando as informações dele e empregando antenas, softwares especializados e 30 mil dólares em hardware de computadores para quebrar a cifra, uma pessoa pode violar a codificação em tempo real e ouvir as ligações, segundo Nohl.
Há cerca de 3,5 bilhões de celulares GSM no mundo, o que representa cerca de 80% do mercado móvel, segundo dados da GSM Alliance, associação da indústria que representa fabricantes e operadoras.
Um porta-voz da associação GSM disse que o grupo irá avaliar as descobertas do pesquisador nos próximos dias e alertou que em muitos países o grampo de linhas de celular é ilegal.
A associação afirmou ainda ter desenvolvido um padrão de próxima geração, chamado A5/3, que é considerado muito mais seguro. Esse padrão é utilizado em redes 3G para dar segurança ao tráfego da internet.

(Robert McMillan)

0 comentários: