Artigo muito bom, especialmente sobre implantação de processos (mas a tradução está meio pobre)
Durante a versão australiana do encontro
CIO Summit, Vito Forte, antigo líder de TI da Fortescue Metals, listou
as cinco áreas que, na sua visão, desaparecerão com nova “onda de
rompimento” da tecnologia da informação corporativa. São elas:
1. O gerenciamento de dispositivos para usuário final.
Isso inclui ambientes operacionais gerenciados, ambientes operacionais
padrão e gerenciamento de dispositivos móveis. Forte perguntou à
audiência: “Alguém faz essas coisas funcionarem?”. “Nós gastamos uma
quantidade grande de esforços tentando controlar o incontrolável e isso
não acrescenta valor algum aos negócios”, adicionou.
2. A rede corporativa isolada.
“Se você não constrói para a internet, então o que está fazendo? Para
que ter uma rede corporativa?”, questionou o executivo. Ele explicou que
atualmente existem redes corporativas que conectam apenas alguns
dispositivos que julgam precisar figurar no ambiente murado e isolado da
internet. “Você pode fazê-lo sem a infraestrutura, custo e
aborrecimento associados a isso. Nós já refletimos sobre essa política
de isolamento e seus motivos?”
Forte disse que durante seu período como
CIO da Fortescue Metals, trabalhou fora dos “muros” para se certificar
de que as pessoas entregavam soluções que de fato funcionavam. “Se você
se resguarda dessa maneira, acaba tomando atalhos. Segurança, por
exemplo, é um pensamento que pouco ocorre – as pessoas assumem que os
“muros” são grandes, grossos e altos, de modo a não precisarem se
preocupar com segurança”, assinalou.
As empresas também têm problemas em
agregar direitos de acesso. Quando as pessoas passam tempo suficiente em
uma organização, elas ainda são capazes de acessar diversas aplicações,
ele disse.
“Nós não projetamos as coisas para
reajustar e revisar e refinar essa capacidade”, expôs. “Só dizemos
‘aqui, tenha acesso à outra biblioteca de arquivos, outra aplicação’.
Dez anos mais tarde, essas pessoas ainda têm acesso a algo que
provavelmente não deveriam. É muito difícil corrigir esse problema”.
O executivo criticou a crença de que a
tecnologia da informação consiga criar soluções globais que resolveriam
“a fome mundial”, dando o exemplo de gerenciamento de identidades para
classificá-la como uma “fantasia e falácia”.
“Tudo o que faz é encorajar as pessoas a
trabalharem ao redor dela em cada oportunidade. A mensagem fundamental
é: se você não está construindo suas aplicações para serem entregues na
internet, através da internet e como a internet, o que você está
fazendo?”.
3. O data center corporativo.
“Quem ainda quer um data center?”, Forte indagou aos presentes, pagar
por um espaço não usado em sua totalidade enfraqueceu a vontade das
empresas de manterem o armazenamento de informação nas premissas. “O
melhor data center é não ter um data center. Hoje em dia, é possível
operar praticamente toda sua capacidade sem um. A maioria das empresas
de pequeno e médio porte não têm nada nas premissas”, explicou o antigo
CIO. “Você toma uma abordagem SME para tudo o que faz ou ainda vive na
base de um sistema legado, que nos mantém acordados à noite?”.
4. Os frameworks como arma.
“A tecnologia da informação corporativa tem uma habilidade fantástica
de construir processos e frameworks como o ITIL e o SCRUM e há razões
por trás disso”, assinalou Forte, que acredita em suas
validades quando um resultado é alcançado. “Não há valor no framework em
si, mas o usamos para dizer não. ‘Bem, eles não seguiram o processo’.
Quem dá a mínima para o processo? O mercado se importa em não entender o
ITIL? Ele se importa mais com entregar uma aplicação, quer dados em
certa forma, quer tomar decisões e ganhar dinheiro. Da última vez que
chequei, implementar um framework não dá dinheiro”.
Forte defendeu a importância de ponderar o
quanto disso é realmente necessário e usar o princípio do “só o
suficiente”. “O ITIL é um framework fantástico, mas se as organizações
tentarem implementar e trabalhar com todo o ITIL, terão em mãos um
projeto de dez anos. E o que acontece nesses anos de implementação?”.
5. O fim das seguranças de endpoint e de perímetro.
“Alguém sabe onde é o perímetro? É o seu celular ou o do seu cliente? É
o dispositivo do seu parceiro ou o dispositivo final do fornecedor?
Como você protege isso? Como proteger o que você não conhece?”,
perguntou Forte. “É o tipo de coisa que você realmente precisa entender.
Fundamentalmente, é a abordagem errada se você está tentando gerenciar
coisas em fluxo e mudança constantes – tentando gerenciar o não
gerenciável. Entenda o que você realmente está tentando fazer e foque
nisso”, aconselhou.
fonte: http://idgnow.com.br/ti-corporativa/2015/08/31/cinco-areas-da-ti-corporativa-que-podem-estar-com-os-dias-contados/
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