SATA M.2 vs SATA III: Qual a diferença?
7 de dezembro de 2016
Não é novidade para ninguém que os SSDs são mais rápidos do que os discos rígidos comuns. Afinal, não contam com partes móveis, mas, sim, com memória flash, o que por si só já oferece ganhos consideráveis de performance. A máquina fica perceptivelmente mais rápida, mas não apenas pela velocidade de leitura e escrita sequencial. O benefício ocorre também pelo acesso aleatório, ponto que os HDs convencionais não têm como competir.
Quem já fez o upgrade de um HD para um SSD deve ter reparado que o conector é o mesmo, na maioria dos casos. Trata-se do SATA, que serve tanto para um quanto para outro. Mas há SSDs mais novos, já trabalhando com protocolos diferentes. Estes são comumente conhecidos como SATA M.2. Quais benefícios eles oferecem em relação ao SATA convencional? É o que vamos entender nas próximas linhas.
SATA
O SATA (Serial ATA) foi desenvolvido como uma solução para melhorar o desempenho do formato anterior, o PATA (Parallel ATA). Sua característica de transferir dados de forma serial implicou em um aumento de velocidade já na sua primeira versão. Em seguida, passou por revisões que dobravam sua banda máxima.- SATA I – 1,5 Gbps
- SATA II 3,0 Gbps
- SATA III – 6,0 Gbps
Por que não temos um SATA IV? Aparentemente, dobrar novamente o máximo teórico significaria um alto consumo de energia e geração de calor. Daí a necessidade uma nova técnica para aumentar a velocidade de armazenamento.
SSDs mais básicos não sofrem com isso, além de oferecer o grande diferencial dos SSDs em relação aos HDs, que é o acesso aleatório. Atualmente, esses benefícios são reconhecidos pela grande maioria dos usuários. Basta trocar o HD comum por um SSD para dificilmente voltar a usar uma máquina com um disco rígido primário.
Isso para o usuário comum, já que gamers e profissionais já contam com um novo padrão que oferece ainda mais desempenho. E é aqui que entra o SATA M.2.
SATA M.2 vs SATA 3
Antes conhecido como Next Generation Form Factor (NGFF), o SATA M.2 está começando a se popularizar por três principais motivos. O primeiro deles é a sua característica híbrida, capaz de trabalhar tanto com o SATA III quanto com o PCI Express. Exatamente: este segundo é o mesmo padrão utilizado em placas de vídeo, e, por isso, é capaz de oferecer taxas maiores de transferência.Essa capacidade híbrida oferece mais versatilidade aos fabricantes, que podem escolher entre o PCIe e o SATA III conforme as configurações da máquina. Por exemplo: se uma máquina é mais simples, não há razão para usar o PCIe, já que ela não oferecerá todo o seu potencial. Já máquinas mais potentes conseguem “acompanhá-lo”, fazendo todo o sentido usar o PCIe. Isso significa que o sistema carrega mais rapidamente, assim como os jogos.
O segundo diferencial do M.2 é o que o seu nome antigo indica (NGFF). Ele tem um formato menor, ainda que o seu conector possa variar de modelo para modelo. Dependendo da máquina, ele pode ter de 16 até 110 milímetros (22 milímetros é o padrão), enquanto o comprimento do disco varia de 30 a 110 milímetros. Independentemente disso, ele é consideravelmente mais fino do que os SSDs SATA III. Isso significa que há mais espaço dentro do notebook para outros componentes, como bateria e o sistema de refrigeração.
E, claro, temos o terceiro e principal diferencial: a velocidade. Ao contrário dos SSDs SATA, o M.2 em modo PCIe não sofre tantas limitações de banda. Ao usar apenas 4 linhas PCI Express 3.0 (PCIe 4x), por exemplo, ele já alcança um máximo teórico de 32 Gbps. Basta comparar esse valor com os 6 Gbps máximo do SATA III para notar a diferença entre um e outro.
Isso não significa, porém, que o SSD M.2 em modo PCIe necessariamente alcance essas velocidades. Esse é o máximo teórico de banda, não a velocidade que o SSD trabalha. Ou seja: se um SSD, que alcança velocidades de 550 MBs por segundo de escrita ou leitura, continuará a trabalhar nessa velocidade no SATA M.2.
Porém, os SSDs desenvolvidos para o SATA M.2 dificilmente decepcionam nesse quesito. Não raro, eles alcançam velocidades de 1400 MB por segundo (ou 1,4 GB/s) de leitura – alguns ultrapassam os 2,4 GB/s -, ainda que a capacidade de escrita seja comumente menor, na casa dos 800 MB/s. Ainda assim, é um avanço e tanto em relação ao SATA III, em especial em máquinas de alto desempenho.
Aliás, por falar em máquinas de alto desempenho, há um benefício adicional em notebooks gamer. Como vimos no segundo benefício do SATA M.2, ele tem um tamanho menor do que o SSDs SATA III. Isso significa que o espaço extra pode ser utilizado (e geralmente é) para instalar um segundo disco.
A vantagem dessa abordagem é que o usuário tem os benefícios do SSD e a capacidade de armazenamento de um HD. Isso dentro de apenas uma máquina. SSDs baratearam consideravelmente com o passar dos anos, mas seu preço por GB ainda é consideravelmente alto se comparado aos discos rígidos. Assim, é possível aproveitar o melhor dos dois mundos sem ter que investir um absurdo em um SSD de grande capacidade.
Mesmo porque alguns dados não necessitam ser armazenados em um SSD. Filmes, fotos e músicas, por exemplo, costumam ocupar um espaço considerável, mas não dependem tanto de velocidade de escrita ou leitura.
Possui uma máquina com SSD SATA M.2? Conte para nós nos comentários!
Fontes: Anandtech, Legit Reviews, ASUS Republic of Gamers, TE Connectivity, PC World
Agradecimento especial: http://blog.avell.com.br/sata-m2-vs-sata-iii/
https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2016/05/msata-pcie-m2-nvm-conheca-diferencas-entre-interfaces-de-ssds.html
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