quarta-feira, 11 de maio de 2016

Segurança - Watson da IBM será treinado para combater cibercrime




10/05/2016 - 12h07
Projeto da IBM Security inclui parceria com 8 universidades e serviço de nuvem que oferecerá insights sobre ameaças emergentes e recomendações de como impedi-las


Não é segredo que muito da sabedoria do mundo se encontra em dados não estruturados, ou no tipo de dado que não é, necessariamente, quantificado e arrumado. E agora, a IBM está colocando o Watson para tornar esse conhecimento mais acessível.
Nessa terça-feira (10), a IBM Security anunciou um projeto em colaboração com oito universidades para ajudar a treinar o sistema de inteligência artificial Watson. O objetivo? Combater o cibercrime.
O conhecimento sobre ameaças está, frequentemente, escondido em fontes não estruturadas como blogs, relatórios de pesquisa e documentos, explicou Kevin Skapinetz, diretor de estratégia para a IBM Security.
“Vamos dizer que amanhã haja um artigo sobre um novo tipo de malware, e depois uma série de blogs na sequência”, explicou Skapinetz. “Essencialmente o que nós estamos fazendo é treinar o Watson não apenas para entender tais documentos existentes, mas para adicionar contexto e fazer conexões entre eles”.
No último ano, os especialistas da própria IBM Security têm trabalhado para ensinar o Watson a “linguagem de cibersegurança”, disse Skapinetz. O sistema foi alimentado amplamente com milhares de documentos para ajudá-lo entender o que é ameaça, o que ela faz e quais indicadores estão relacionados, por exemplo.
“Você vai através do processo desde anotar documentos não apenas para pronomes e verbos, mas também o que tudo isso significa quando reunido”, disse Skapinetz. “Depois o Watson consegue fazer associações”.
Agora a IBM tem como foco acelerar esse processo de treinamento. Nesse semestre, a companhia começará a trabalhar com estudantes em universidades incluindo a Universidade Politécnica do Estado da Califórnia em Pomona, Penn State, MIT, Universidade de Nova York e Universidade de Maryland, além das universidades canadenses de New Brunswick, Ottawa e Waterloo.
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Ao longo de um ano, o objetivo é alimentar o Watson com mais de 15 mil novos documentos a cada mês, incluindo relatórios de ameaça, estratégias de cibercrime, bancos de dados de ameaça e matérias da sua própria livraria de pesquisa X-Force. A X-Force representa 20 anos de pesquisa em cibersegurança, incluindo detalhes sobre 8 milhões de spam e ataques do tipo phishing e mais de 100 mil documentos vulneráveis.
As capacidades de processamento de linguagem natural do Watson ajudarão a extrair sentido desses dados não estruturados. Suas técnicas de mineração de dados ajudarão a detectar discrepâncias e ferramentas de apresentação gráfica ajudarão a encontrar conexões entre pontos de dados em diferentes documentos, explicou a IBM.
No final, o resultado se tornará um serviço de nuvem chamado "Watson for Cyber Security" que é projetado para oferecer insights sobre ameaças emergentes assim como recomendações de como impedi-las.
Cerca de 60 mil blogs de segurança são publicados a cada mês, e essa é apenas uma das muitas fontes de informação que profissionais de cibersegurança devem se manter a par, destacou Skapinetz.
“Você pode ver por que mesmo os melhores analistas estão perdendo muito da informação que se encontra por aí”, disse. “O que nós estamos buscando fazer é excluir um pouco do trabalho de adivinhação e ajudar analistas a entenderem melhor o contexto com um orientador sempre disposto que possa ajudar a investigar e responder questões”.
A IBM planeja começar a implementar a produção beta no final desse ano.


fonte: http://idgnow.com.br/ti-corporativa/2016/05/10/watson-da-ibm-sera-treinado-para-combater-cibercrime/

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