sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Chegou a hora de ter um smartphone?



Aparelho está cada vez menos com cara de PDA e mais de celular, o que agora também atrai o consumidor final.
Gustavo Miller
Maurício Moraes e Silva
Sabe o smartphone? Então, ele passou por um “extreme makeover”: está mais fino, leve, ganhou alguns recursos multimídia, como tirar fotos e gravar vídeos. Está cada vez menos com cara de computador de mão e cada vez mais com jeitão de celular – supercelular, no caso, porque ainda permite acessar e-mails, navegar pela internet, entre outras cositas mais.
Essas mudanças vêm fazendo o consumidor final olhar com outros olhos para esse aparelho. Não é de se estranhar, pois o seu jeito grandão e gorduchinho de antes o deixava profissional demais, um produto voltado para um público que prioriza o desempenho, não o entretenimento e o design.
Apesar de serem mais caros que um celular top, a nova cara, somada a seus recursos, vem fazendo os smartphones ganharem força. Afinal, eles são o exemplo de como será o futuro: conectado.
Um estudo encomendado pelo IDC mostra que no primeiro trimestre de 2006 foram comprados 39.860 smartphones no País. Já no mesmo período de 2007, 95.768 aparelhos foram vendidos. É um crescimento que vale destacar, apesar de esses modelos corresponderem a apenas 0,9% do mercado de telefonia móvel brasileiro.
Por serem celulares que reúnem múltiplas funções, os smartphones também estão acabando com a venda dos computadores de mão. De acordo com dados do IDC, houve uma queda de 43,5% na produção de unidades de PDAs no mundo todo no segundo trimestre deste ano. O número desses equipamentos produzidos no planeta também desceu para a casa dos 720 mil – uma quantidade inferior à marca de 1 milhão de unidades pelo segundo trimestre seguido.
Mas será que o smartphone é o aparelho adequado para você? Vai depender do tipo de uso. Esses modelos continuam uma mão na roda para um executivo ou um workaholic, pois permitem enviar e receber e-mails em tempo real e também dão acesso à internet. Também são indicados para quem gosta de ficar o tempo todo trocando e-mails com os amigos e a família, para aqueles que querem carregar a web no bolso ou para os viciados em tecnologia.
Em qualquer um dos casos acima, porém, é preciso levar em conta principalmente o preço do plano mensal, que não sai barato. Se decidir ir em frente, preste muita atenção nas características do equipamento. Há uma série de diferenças para se levar em conta, do tamanho do teclado até o tipo de navegador usado para entrar na internet. Como os modelos são caros, uma escolha equivocada pode significar dinheiro jogado fora.
O aposentado Alexander Gromow, de 60 anos, adquiriu um MotoQ porque volta e meia pinta um trabalho e ele precisa estar sempre conectado. Famoso por ser um grande entendedor de carros antigos, principalmente Fuscas, Gromow recebe cerca de 300 e-mails por dia graças ao hobby.
“Tenho uma conectividade maior do que se andasse com meu notebook para cima e para baixo” diz. “Com o smartphone eu tenho um computador no bolso e consigo acessar a internet no meio da rua, por exemplo.”
O fato de poder ficar online quando quiser fez Gromow instalar um programa no seu aparelho, o Sharpcast. Assim que vê um Fusca bacana na rua, ele saca o MotoQ, bate uma foto e a envia em tempo real para o servidor online do software. Assim, ele já põe a imagem do “Fuscão” no seu site, o www.fuscabrasil.net, sem precisar de um micro como intermediário.
Já a designer Cecília S. Thiago, de 49 anos, comprou seu primeiro smartphone em 2002, porque tem mania de organização. “Gosto de ter o maior número de informações por perto, como minha agenda, telefones e serviços úteis... É lógico que tudo sincronizado com meu computador e notebook”, diz.
Ela, que hoje está em seu quarto aparelho, adora uma nova tecnologia e agora se diverte com um E61, da Nokia. “Uso para tudo: chego em casa e acesso a rede Wi-Fi. Se alguém me mandar um scrap no Orkut eu já vejo na hora. Se estou dirigindo e quero saber onde fica um lugar, instalei um programa que traça a minha rota na hora. É ótimo”, afirma.

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